Sopa de letras
Em 1960, quando Jerome McCarthy lançou seu livro “Basic Marketing”, expandindo os conhecimentos de Neil Borden e James Culliton, criou um marco para o entendimento do marketing. Até então, a palavra poderia ser entendida como vendas, como propaganda, como mercado. Com o livro de McCarthy houve uma “codificação” do marketing, mostrando sua amplitude e, ao mesmo tempo, compactando os conhecimentos de uma forma didática, inteligível por todos. Na década de 70, Kotler então (e ainda agora) no auge de sua fama, expôs este conceito em seus livros, moldando sua visão do marketing sobre ela. Mas o que tem de tão especial o Mix de marketing ou os 4 Ps de McCarthy? O autor estruturou o marketing em Produto (Product), Preço (Price), Promoção (Promotion) e Praça, ponto ou distribuição (Place). Tudo isto em torno do mercado, agindo em função do mercado, do consumidor. Desta forma, ficou clara a abrangência do marketing: ao se conceber um produto, já se deve levar em conta o gosto, o desejo dos consumidores; o preço deve ser estabelecido em função do que o consumidor pode e/ou quer pagar; a promoção, entendida aqui como comunicação em seu sentido mais amplo, visa mostrar ao consumidor que o produto existe, o que ele faz, onde ele está e, em alguns casos, até quanto custa; o local onde o produto é vendido (ou o serviço prestado) deve ser escolhido de modo a facilitar sua aquisição em função da conveniência do consumidor. Posteriormente, diversos autores, usando o mesmo esquema de 4 ou 5 letras, introduziram outros conceitos, visando montar estruturas diferentes da de McCarthy. Aí surgiram os 4 As (Análise, Adaptação, Ativação e Avaliação), de Raimar Richers, os 4 Cs (Cliente, Conveniência, Comunicação, Custo) de Robert Lauterbom e os 5 Rs (Relevância, Reconhecimento, Receptividade, Responsividade e Relacionamento). Outros, ainda, incluíram mais Ps no modelo inicial dos 4 Ps (Profit e outros). Logicamente que se poderá abordar o marketing sob os