Sonetos do Romantismo
O estilo romântico revela-se inicialmente idealista e sonhador, depois, crítico e retórico, mas sempre sentimental e nacionalista, com o surgimento de manifestações que viriam a caracterizar o fatalismo, a busca do isolamento, a significação linguística do sofrimento; a obsessão da morte.
Os poetas precursores do Romantismo tinham estas características: o fatalismo (evidente em Bocage) que conduz à tristeza, por vezes, ao desespero; a busca do isolamento e de uma natureza nublada, a noite com a paisagem sepulcral.
Alguns poetas do século XVIII declaram sensibilidade pré-romântica, entre eles o Bocage que foi um dos mais atormentados poetas da literatura portuguesa, fazendo uso da linguagem clara, sintética, gramaticalmente correta e nobre, sendo assim, seus sonetos.
O Neoclassicismo ainda comanda o sentimento, em Tomás António Gonzaga com um amor de sentidos delicados com toques de espiritualidade, de pré-românticos do que de um movimento geral. Analiso agora algumas características dos sonetos destes precursores do Romantismo. O Soneto I mostra um conteúdo da adolescência amargurado e triste, e as poucas alegrias em seus versos foi escrito mediante violação de seus pensamentos e dependência de seus sentimentos, uma luta razão versus emoção.
O Soneto II mostra a beleza de uma mulher e um amor interrompido pela morte, trazendo a melancolia.
Já no Soneto III o poeta começa num compasso de fuga, contra a razão. As soluções, contudo, não são dadas, e a denúncia cai no vazio configurado pela própria impotência da Razão. Tenta também atingir o conhecimento ou corresponder mais uma vez às ações, do conhecimento e de