Sondagem
Terreno crítico
Análise das características do solo define melhor abordagem das fundações e segurança da obra
A
sondagem influencia de maneira decisiva tudo o que é feito no projeto de fundações. É o primeiro passo para o entendimento do terreno, e, se é imprecisa, compromete o projeto e a execução da obra. Assim, o maior problema é a confiabilidade dos resultados. Se a sondagem apresenta inconsistências, pode-se pedir a realização de nova sondagem ou confirmação com outros testes. Mas o problema às vezes é evitado antes. O projetista de fundações pode rejeitar o trabalho de sondagem. Frederico Falconi, diretor da Zaclis Falconi, conta que é comum, ao iniciar um projeto de fundações, receber sondagem sem locação topográfica {amarração) e até sem indicação do nível d'água 24 horas após a perfuração. São falhas consideradas primárias e indicativas de um trabalho malfeito. Outra evidência de falha é quando a empresa classifica o solo com uma composição inverossímil naquele lugar. "É como uma sondagem em Santos (SP) não ter água ou argila marinha", ilustra Milton Golombek, da Consultrix. Neste caso, costuma-se dizer que se trata de uma "sondagem fabricada". No Brasil, a maioria das sondagens em solo é feita pelo método_Standard Penetration Test í SPT). O ensaio consiste na cravação vertical, no solo, de um cilindro amostrador padrão, por golpes de um martelo com massa padronizada de 65 kg solto em queda livre de uma altura de 75 cm. São anotados os números de golpes necessários à cravação do amostrador em três
Método mais comum em sondagens, SPT identifica o solo atravessado, a resistência à penetração e a posição do nível d'água
trechos consecutivos de 15 cm, sendo que o valor da resistência à penetração (NSPT) consiste no número de golpes aplicados na cravação dos 30 cm finais. Após a cravação em cada trecho, o amostrador é retirado do furo e a amostra é coletada, para posterior classificação que geralmente é feita pelo método tátil-visual.