Somos todos imortais

Somos Todos Imortais

O maior dilema da humanidade desde seus primórdios nos dias edênicos é descobrir a fórmula da imortalidade. Mas apesar dessa intensa busca, o homem logo aprendeu que a morte jamais poderia ser vencida por meios humanos e, partindo desta óbvia, porém desanimadora conclusão, passou a buscar toda forma de divindade e fazer tudo que é possível em vida para alcançar um estado pós-morte promissoramente contrário às suas módicas condições de vida terrena. Cada civilização ao longo dos séculos desenvolveu seu conceito de vida após a morte de acordo com suas crenças. Na verdade, por ter estabelecido um paradigma religioso muito forte e convicto, nenhuma delas de fato acreditava que a vida se encerrava no túmulo, como crêem alguns através de conceitos ateístas hoje em dia. Os judeus nos dias de Jesus, por exemplo, influenciados pela cultura helênica, acreditavam que a alma do morto permanecia por até três dias junto ao corpo, e depois, se ele fosse justo, partia para o descanso eterno no Gan Eden, ou jardim do Éden – deve-se a isso o fato de Jesus ter demorado mais de três dias para ir ao socorro de seu amado amigo Lázaro (Jo 11:17,39), a fim de que todos os judeus tivessem certeza de que ele estava realmente morto antes de ser ressuscitado pelo seu supremo poder. Contudo, se pecador, este permanecia não mais de um ano no Gehinom, ou Geena, para ter seus pecados purgados, e depois partia para o Gan Eden – qualquer semelhança com o purgatório não é mera coincidência. Todavia, essa crença judaica, assim como o conceito da reencarnação, são totalmente desmistificados por Jesus na parábola do rico e Lázaro (Lc 16:19-31). Os romanos, por sua vez, sustentavam a ideia de que a vida após a morte seria exatamente um espelho daquilo que haviam sido e feito em vida. Quanto mais conquistador, rico e poderoso nessa existência, assim seria a vida no pós-morte em seu paraíso conhecido como Campos Elísios. Este conceito é compartilhado em parte pelos seguidores