somos feitos do tempo
A origem da educação escolar no Brasil – a ação dos jesuítas como parte do movimento da contra- reforma católica. O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois o lucro e os juros, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos enquanto a igreja arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, “vendendo perdão”. Grande parte do clero desrespeitava as regras religiosas.
O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica e foi convocado as desmentir as suas 95 teses pelo imperador Carlos em 1521. Defendeu suas teses mostrando a necessidade da reforma da Igreja Católica.
Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de Trento ficou definido.
• Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas;
• Retomada do Tribunal do Santo Ofício – Inquisição: punir e condenar os acusados de heresias
• Criação do Index Librorium Proibitorium (Índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de idéias contrárias à Igreja Católica. O espanhol Inácio de Loyola criou, em 1534, a Companhia de Jesus, uma nova ordem religiosa com o objetivo de servir e de lutar pela Igreja Católica Apostólica Romana. Portanto, os jesuítas - soldados de Cristo - através da catequese e da educação, serviriam à ação da Contra-Reforma, compensando as perdas do catolicismo na Europa com a conversão das populações nativas do Novo Mundo.
Diante das criticas e defesa da ação dos jesuítas no novo mundo, nunca e demais relembrar que, embora a etologia contemporânea tenha uma compreensão diferente sobre o contato de culturas tão