Soluções para moradias populares
As idéias de moradia popular e moradia sustentável parecem opostas no ponto de vista do custo de obra. Porém, um complexo habitacional pode ser construído com melhorias que diminuam o impacto ambiental e as despesas a longo prazo sem aumentar muito o orçamento da construção.
Uma casa sustentável requer melhorias e equipamentos que diminuam o consumo e o volume de despejos. Essas melhorias e equipamentos aumentam o custo de quem constrói a casa e esse aumento é repassado para quem compra, que pagará mais caro pela casa. Então, como é possível construí-la sem que aumente significantemente o valor da casa?
As soluções para essa questão poderiam ser implementadas nas moradias do PlanHab (Plano Nacional de Habitação), o que daria mais eficácia a Política Nacional de Habitação (PNH) do atual governo federal. Além disso, daria uma roupagem ecologicamente correta ao Plano. Educando o morador:
Tecnologias simples e baratas podem mudar o jeito de gastar dos moradores impactando no orçamento destes: água, luz e gás individualizados, medidores de consumo a distância, corte e reinstalação remotos e internet via rede elétrica. A lógica da economia é simples: os mais responsáveis são recompensados com a redução das contas; os outros, incentivados a abandonar a cultura do desperdício. O complexo habitacional pode unir um sistema de coleta seletiva e abatimentos na tarifa do condomínio para os que respeitarem a separação do lixo. Assim, os moradores serão estimulados a organizar seu lixo, o que, posteriormente, facilitará a reciclagem, impactando menos o meio ambiente.
Reaproveitamento: Economizar água é um excelente começo. Acionar a lavadora de louça e a lavadora de roupas apenas quando estiverem cheias, por exemplo, pode reduzir o consumo de água de um domicílio em cerca de 4.000 litros mensais. Para algumas pessoas, porém, a simples conservação de água não basta. Uma idéia que elas poderiam considerar seria reciclar a água cinzenta de suas casas.