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TRATAMENTOS TÉRMICOS PARA SOLUBILIZAÇÃO DO K CONTIDO NO VERDETE

O território brasileiro é constituído, na sua maior parte, por solos ácidos e pobres em nutrientes, necessitando de grandes aportes de corretivos e fertilizantes para a produção das culturas. A produção interna de fertilizantes não atende a demanda, condicionando em grande ônus à balança comercial brasileira. A situação mais crítica é em relação aos fertilizantes potássicos. O país importa mais de 90 % do K que consome e suas reservas de sais potássicos são limitadas para expansão da produção interna. Com isso, a pesquisa de fontes alternativas de K, como os minerais silicatados, se faz necessária a fim de minimizar a dependência externa. Neste sentido, ocorre em uma extensa área do estado de Minas Gerais o verdete, uma rocha rica em minerais potássicos (illita e glauconita) com teores de K2O variando de 4 a 8,5 %, com baixa solubilidade. Diante disto, o estudo foi desenvolvido com o objetivo de se avaliar a solubilização de K a partir do verdete quando submetido a tratamentos térmicos (calcinação e choque térmico). Na primeira etapa avaliou-se o efeito de choques térmicos sobre a solubilização do K do verdete. Para tanto, adotou o delineamento experimental inteiramente casualizado com seis tratamentos (250; 300; 350; 400; 450 e 500ºC) e três repetições. Para tanto, pesou-se 5 g da amostra de verdete que foi aquecida em forno tipo mufla por 60 min, e, em seguida deu-se o choque térmico com despejo em 50 mL de água destilada em becker com capacidade de 100 mL. Para a calcinação adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema fatorial (2 x 3 x 3), com três repetições, sendo dois fundentes (CaCl2.2H2O e NaCO3), três temperaturas (250, 450 e 700 ºC) e três amostras de verdete ( vedete natural; verdete obtido de choque térmico a 400 ºC com aquecimento de 60 minutos e verdete obtido de choque térmico a 400 ºC com aquecimento de 120 minutos). Pesou-se 5,0 g da amostra de verdete