solos tropicais
Aplicações do Estudo do Solo no meio Rural
Como minimizar perdas de fósforo
Em solos tropicais, cerca de 70 a até 80% do fósforo utilizado na adubação não é aproveitado pela planta; isso explica porque mesmo sendo o macronutriente menos exigido pela maioria das culturas é um dos mais utilizados na adubação, vide as fórmulas como 08-28-16 e outras que apresentam altos teores de P. Esse fenômeno da perda do fósforo na adubação é comumente conhecido como "fixação", que são reações de ligação do fósforo com alguns componentes do solo, de maneira muito rápida e cuja força de atração faz com que o fósforo retorne muito lentamente para a solução do solo, abaixo da velocidade demandada pelas plantas.
Sabendo da existência da "fixação", o que nos resta é conviver com ela, tomando algumas medidas que minimizem seu efeito, como a calagem, adoção do Sistema Plantio Direto e utilização de fontes de fósforo com solubilidade gradual. Solos tropicais apresentam alta capacidade de "fixação" por possuírem elevados teores de ferro, alumínio, manganês e cargas positivas que vão reter fortemente o fósforo.
O Gráfico 1 mostra que, à medida que o pH do solo aumenta, ocorre a redução das concentrações de Fe, Al e Mn na solução, reduzindo a precipitação do fósforo com os mesmos. Isso ocorre até a faixa de pH próximo a 6,5, acima do qual começam a ocorrer perdas de fósforo ligado ao cálcio.
Logo, a calagem é muito importante, porém, deve ser realizada com critério.
A calagem ainda contribui em outra frente para a redução da "fixação" do fósforo, uma vez que reduz a quantidade de cargas positivas do solo e eleva as negativas (CTC), reduzindo as possibilidades do fósforo utilizado na adubação se ligar fortemente à argila que promoveria menor disponibilização do nutriente (Gráfico 2).
A floresta Amazônica, situada em solo tropical com baixo teor original de fósforo e com alto potencial . A matéria orgânica é fonte