Solos do brasil
Desde a colonização do Brasil até os dias atuais os solos brasileiros foram utilizados indevidamente para práticas que visavam apenas à obtenção de lucros, desprezando a necessidade de conservação do meio ambiente. Graças a práticas como: exploração, cultivo de monoculturas e pecuária, 15% do território do país sofre atualmente risco de desertificação.
Com o crescimento populacional, o aumento da demanda por alimentos e intensificação das exportações, essas praticas se tornaram mais intensas, tanto que de 1970 para cá a proporção de áreas degradadas dobrou. As áreas mais ameaçadas estão localizadas nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Piauí e norte de Minas Gerais.
A monocultura é considerada a maior vilã dos solos, porque seu uso intensivo sem períodos de descanso, sem práticas que visam à conservação do solo e sem uso moderado de defensivos agrícolas traz uma série de conseqüências negativas para eles. No Brasil uma das principais e mais antigas monoculturas é a da cana-de-açúcar, que ocupa o terceiro lugar nos produtos mais exportados pelo Brasil, onde cerca de 60% da produção está localizada no estado de São Paulo. Além da cana-de-açúcar que é usada entre outros fins como bicombustível, existe no Brasil a monocultura de soja e café. Outra prática bastante nociva ao meio ambiente é a pecuária, que muitas vezes ocorre em áreas não mais produtivas, mas que dão continuidade ao processo de degradação do solo.
As perdas são irreparáveis na maioria dos casos e o custo para recuperar áreas degradadas é muito maior do que o custo para utilizar técnicas de prevenção contra a degradação, dentre as principais conseqüências estão a perda de biodiversidade, desertificação e alteração do ciclo hidrológico (perda da permeabilidade do solo, que faz com o solo não absorva água impedindo assim o acúmulo de água nos lençóis freáticos). O estágio mais grave de degradação é a desertificação, com o surgimento de grandes buracos chamados