Solos do brasil
O novo sistema brasileiro de classificação de solos rigor, não havia um sistema brasileiro de classificação de solos anterior ao atual, recentemente publicado. Na verdade o que se usava para classificar nossos solos eram sistemas referenciais, dos quais o de CAMARGO et al. (1987) era o mais empregado. Pode-se dizer que a primeira classificação de solos no Brasil, baseada em conceitos essencialmente pedológicos iniciou após a criação, em 1947, da Comissão de Solos do Ministério da Agricultura, precursora do atual Centro Nacional de Pesquisa de Solos da EMBRAPA, a qual tinha a missão de fazer João Bertoldo o inventário nacional dos solos brasileiros. Os primeiro Estado brasileiro a ser inventariado foi o do Rio de Janeiro (BRASIL, 1958), seguido pelo de São Paulo (BRASIL, 1960). O referencial utilizado para a classificação dos solos foi inicialmente o de Baldwing et al. (1938) seguido pelo de Thorp & Smith (1949). Os termos Regossolo, Solo Aluvial, Solonchak, Solonetz, Planossolo, Gleissolo, Brunizém, Brunizém Avermelhado, Podzol, Solo Bruno Não Cálcico, Laterítico Bruno-Avermelhado, entre outros, empregados até agora nos levantamentos de solos executados no Brasil, advêm daqueles sistemas. Por sua vez, o conceito de Latossolo baseava-se nos trabalhos de Kellog (1949) e Kellog & Davol (1949), enquanto o de Podzólico VermelhoAmarelo, nos de Simonson (1949) e Winters & Simonson (1951) como assinalam Jacomine & Camargo (1995). Logo porém, foi verificada a inadequação daqueles sistemas na identificação de solos tipicamente tropicais, quer porque os solos que iam sendo encontrados não se ajustavam ao conceito central de algumas daquelas classes ou porque não era encontrada qualquer correspondência com o conceito das classes neles assinaladas. As deno-minações Podzólicos VermelhoAmarelos variação Lins e Marília, Podzólicos Vermelho-Amarelos variação Piracicaba e variação Laras, usadas no Levantamento dos Solos do Estado de São Paulo (Brasil, 1960)