solidariedade
O princípio da solidariedade (solidare = soldar) ou solidarismo foi fundamentado cientificamente pela primeira vez por Henrich Pesch, Gustav Gundlach e Oswald von Nell-Breuning, visando opor ao individualismo, por um lado, e ao socialismo, por outro, um termo-conceito que servisse de alternativa para a organização da sociedade.
O indivíduo solidário é por sua natureza, um soldador, que une partes separadas em torno de consensos possíveis projetando o melhor modelo válido tanto para a sociedade quanto para o indivíduo. Rejeita, como princípio da ordem social, tanto o individualismo que nega a natureza social do homem, como o coletivismo que despoja o homem de sua dignidade pessoal, desprezando a sua autonomia, como bem nos mostraram os regimes totalitários do século XX (nazismo, fascismo e.o.).
O princípio da solidariedade representa uma afirmação nova e especial da relação entre homem e sociedade, pois tem por base ao mesmo tempo a dignidade pessoal e a estrutura social do homem. Por um lado, este princípio baseia-se na união recíproca natural presente no binômio indivíduo-comunidade. Por outro, denota a responsabilidade ética decorrente dessa estrutura natural (responsabilidade comum). Portanto, trata-se de um princípio antropológico e ético ao mesmo tempo.
Por sua natureza, o homem é pessoa, por sua singularidade pessoal é um ser social. Por isso, o princípio estrutural da sociedade repousa sobre uma relação original e especial de intercâmbio e união do homem com a sociedade; e de modo algum pode se reduzir esta relação simplesmente a uma das duas grandezas.²
² HÖFFNER, Joseph. Doutrina Social Cristã, p. 29.
Princípio do bem comum
Neste delicado equilíbrio entre individualidade e sociedade nem sempre fica claro se estas duas realidades enfrentam-se em igualdade de forças ou se estão subordinadas uma à outra. A resposta não é tão simples, um sim ou um não, há casos em que o bem comum deve prevalecer e há casos em que a