Sofia
Platão: O belo em si As respostas a essas perguntas variaram durante o decorrer da historia. De um lado, dentro de uma tradição iniciada com Platão (séc. IV a.C.), na Grécia, Para Platão, o belo é o bem, a verdade, a perfeição; existe em si mesmo, em Platão uma concepção de belo que se afasta da interferência e da participação do juízo humano, ou seja, o homem tem uma atuação passiva no que concerne ao conceito de belo: não está sob sua responsabilidade o julgamento do que é ou não, há os filósofos que defendem a existência do "belo em si", de uma essência ideal.
A CORRENTE MATERIALISTA EMPIRISTA
DAVID HUME
Filósofos empiristas, como David Hume (séc. XVIII), que relativizam a beleza, reduzindo-a ao gosto de cada um. Aquilo que depende do gosto e da opinião pessoal não pode ser discutido racionalmente, donde o ditado: "Gosto não se discute". O belo, dentro dessa perspectiva, não está mais no objeto, mas nas condições de recepção do sujeito.
A beleza não está propriamente nos objetos (não é algo puramente objetivo);
A beleza depende do gosto de cada um, ou seja, da maneira que cada um vê e valoriza o objeto;
O juízo do que é ou não belo e subjetivo.
KANT
Kant, ainda no século XVIII, tentando resolver esse impasse entre objetividade e subjetividade, afirma que o belo é "aquilo que agrada universalmente, ainda que não se possa justificá-lo intelectualmente". Para Kant,, o objeto belo é uma ocasião de prazer, cuja causa reside no sujeito. O princípio do juízo estético, portanto, é o sentimento do sujeito e não o conceito do objeto. Apesar de esse juízo ser subjetivo, ele não se reduz à individualidade de um único sujeito, uma vez que todos os homens têm as mesmas condições subjetivas da faculdade de julgar. É algo que pertence à condição humana, isto é, porque sou humano, tenho as mesmas condições subjetivas de fazer um juízo estético que meu vizinho ou o crítico de arte.
Kant defende também que todos são capazes de formular juízos