Sociologia
A Cultura pode ser representada figurativamente como uma lente através da qual o homem observa o mundo a sua volta, pelo menos é o que acredita Ruth Benedict em seu livro “O crisântemo e a espada”. A partir disso percebemos a cultura como algo que define um ser humano, até certo ponto, pois concebe a sua percepção mundana a respeito de valores e crenças. Logo, pessoas de uma mesma cultura dividem características em comum mesmo que não percebam a exemplo da maneira de rir e chorar (embora sejam funções fisiológicas) e as distinções entre si são variações de um mesmo padrão cultural.
Sendo assim, declaramos que culturas diferentes desencadeiam em visões de mundo e comportamentos diferentes. Observamos as diferentes reações diante de um mesmo fenômeno ao percorrermos o mundo e, consequentemente, seus povos.
Pensar em cultura requer que se pense, inicialmente, em sua relação com outros dois conceitos fundamentais: o de civilização e o de história. Foi na Europa, a partir do século XVIII, que o conceito de cultura passou a ser associado ao conceito de civilização. Os pensadores do período, preocupados em estudar o homem e a sociedade, pensavam a relação entre o conceito de cultura e de civilização de maneiras diversas, como aponta a filósofa brasileira
Marilena Chauí. JeanJacques Rousseau (17121778): cultura seria definida como bondade natural, solidariedade espontânea. A essa ideia positiva de cultura, Rousseau opunha a ideia negativa de civilização. O conceito de civilização era pensado como aprisionamento da bondade humana natural, por meio de regras e convenções artificiais e exteriores ao homem; Voltaire (16941778) e Kant (17241808): cultura e civilização representavam, ambas, o processo de aperfeiçoamento moral e racional da sociedade. Hegel (17701831): Compreendida em sua relação com a história, a cultura é definida como o conjunto organizado dos vários modos de vida de uma sociedade. A antropologia, como ciência,