sociologia
Foi provavelmente o francês Condorcet (1753 -1794) o primeiro a formular a proposta de uma ciência da sociedade estruturada conforme o modelo das ciências naturais, uma matemática social, isto é, precisa, numérica e rigorosa que permitiria um conhecimento verdadeiramente objetivo dos fatos sociais. Segundo Condorcet, toda ciência e conhecimento sobre a sociedade, até então, estiveram submetidos aos interesses e preconceitos das classes poderosas. Esta seria uma marca do positivismo, já colocada por Condorcet, a ciência da sociedade, assim como as ciências naturais, deveria desvencilhar-se das paixões e dos interesses, elementos que perturbam a produção do conhecimento.
O primeiro a utilizar o termo positivo ao tratar dessa nova ciência, ao propor uma ciência positiva, foi Saint-Simon (1760-1825), discípulo direto de Condorcet do qual apreendeu parte de suas principais ideias. Saint-Simon buscou inspiração em outra ciência natural que se destacava no período, a biologia; por sua vez, sua ciência da sociedade teria por modelo a fisiologia, uma espécie de fisiologia social.
A ideia de que a ciência e a razão seriam capazes de captar a dinâmica das sociedades e de que existiriam leis naturais regulando seu desenvolvimento vai ganhando força durante o século XVIII e, aos poucos, minando os antigos princípios de autoridade oriundos da tradição e da religião. Neste momento, diversos pensadores conservadores, voltados a restabelecer o
passado, consideram que o caos e a ausência de moralidade e solidariedade que as sociedades nascidas das duas grandes revoluções (francesa e industrial) revelavam eram fruto do enfraquecimento das antigas instituições