Sociologia
Gandhi pretendia acabar com a servidão da Índia à colonização britânica. “Ele entendeu que o controle da Índia dependia da cooperação dos indianos e não da coerção britânica”. Como era possível 100 mil soldados controlarem 350 milhões de pessoas? Ele dizia: “Não devemos odiar os britânicos, eles não tiraram a Índia de nós, fomos nós quem a demos a eles”.
Assim exortou seu país a parar de fazer qualquer coisa que os britânicos quisessem. A nação inteira deveria ficar paralisada em uma ação de desobediência civil em massa.
Para atingir este objetivo, Gandhi encontrou uma situação específica entre todas as que aconteciam sob a dominação britânica, que eram as taxações e o monopólio do sal. O sal foi escolhido por ser um símbolo poderoso: “Ali há algo de que todos precisamos, por que isso deveria ser taxado?”.
Ele escreveu ao vice-rei dizendo que iria fazer sal ilegalmente e que chamaria os indianos a fazer o mesmo. Assim começou a marcha, que durou cerca de um mês e que atravessou um percurso de quase 400 km até o mar. Gandhi esperava ser preso nesta ação.
No caminho até o mar, durante as paradas dizia às pessoas que deveriam boicotar o governo, e que funcionários públicos indianos deveriam deixar seus empregos. Perguntava quantos estavam usando o Kadhi, que era a vestimenta que usava, feita com tecido indiano.
Durante duas horas ele fiava o algodão, todos os dias. Pedia que as pessoas fiassem seu algodão e parassem de consumir os tecidos britânicos, alertando sobre a perda de milhões de empregos. O Kadhi se transformou em uniforme informal do movimento de libertação.
Milhares de pessoas acompanharam a marcha, e quando Gandhi chegou finalmente ao litoral falou, na véspera da ação, para doze mil pessoas: “Segurem o sal em