sociologia
Em 1914, Henry Ford modelou uma nova maneira de produzir, desta vez deixando de lado a produção artesanal e passando a produzir em massa, tendo introduzido este modelo na indústria automobilística, levando este setor naquele de maior peso em volume de produto nos EUA. Tanto o modelo de Ford quanto o de Frederick Taylor tinham o mesmo fim: reduzir ou eliminar o tempo que se perdia no local de trabalho, pois assim se produzir mais em menos tempo e com um custo menor. Por ieste motivo que podemos relacionar as doutrinas do fordismo com a incorporação da doutrina de Taylor, induzindo à denominação de regime fordista-taylorista. O regime fordista adotou o princípio taylorista básico da separação entre trabalho intelectual e trabalho manual, reservando o primeiro exclusivamente aos diretores e gerentes, enquanto o segundo caberia aos trabalhadores no chão da fábrica. Os trabalhadores foram concitados a não pensar, uma vez que isso era tarefa de seus superiores. Concentrando-se nas tarefas manuais, o trabalho deveria seguir uma rígida norma de movimentos, visando à máxima economia de tempo.
“Mais do que uma disciplina do trabalho, Taylor e Ford propunham uma ética, um padrão de conduta aos trabalhadores” (Gramsci, 1949; Harvey, 1994; Altvater, 1995).
Com a esteira de montagem, as tarefas produtivas puderam ser parceladas ao extremo, numa repetição rotineira sem fim. Ao mesmo tempo, peças, componentes e produto final foram padronizados. Reunindo contingentes de milhares de trabalhadores em cada planta, tornou-se possível alcançar economias de escala, que baratearam o automóvel que também manteve uma qualidade padronizada. A produção em regime fordista começou nos Estados Unidos, porém não migrou para outro país até depois da segunda guerra mundial. Nesse meio tempo entre a primeira e segunda guerras mundiais, o gigantesco mercado norte-americano revelou-se insuficiente para o volume da produção fordista, o que ficou visível ao eclodir a crise econômica em