02 A criança vê sua imagem refletida no espelho, e com ela se identifica. É um signo artificialmente produzido, uma imagem técnica que se refere ao poder do signo na produção de experiências pessoais e de comportamentos individuais e coletivos. Podemos dizer que ao se reconhecer na imagem no espelho, a criança tem uma dupla experiência, pois adquire consciência de si projetada na imagem e adquire consciência do signo como um elemento capaz de referir a uma coisa, um ser principalmente uma ideia. O signo é uma relação que compreende 3 partes: o símbolo, o referente e o interpretante. Se o signo nos lança ao seu referente, que podemos ser uma coisa ou um ser (o eu ou o outro), para expressar um movimento ou um acontecimento. Ao fim de um longo processo de evolução e desenvolvimento da capacidade simbólica, expressa em inscrições, desenhos e formas arquitetônicas, surgiram as narrativas, que sobreviveram ao longo do séculos, alcançando novas gerações. Com o domínio da linguagem, o ser humano passa a ser capaz de expressar emoções e sentimentos. Uma das características dos mitos é o relato de acontecimentos coletivos. A narrativa mítica trata do surgimento dos primeiros ancestrais, da demarcação do território, da transformação de um membro em xamã e até mesmo de tabus alimentares, explicando como e por que certos hábitos e tradições são obedecidos pela coletividade. Uma das funções do mito é a organização da memoria, pois relata o inicio dos tempos, as origens e os acontecimentos primordiais, possibilitando que os membros do grupo relacionem a vida pessoal á historia coletiva. A importância do passado não esta apenas no mero conhecimento dos acontecimentos, mas na influencia deles no presente. Embora o ser humano tenha uma relação intima com o próprio corpo, dificilmente tem plena consciência dele. Quando tratamos de uma identidade construída no mundo virtual, nos referimos a uma amplitude dos processos identitários, a um universo diversificado e global