Sociologia
A apropriação da terra no Brasil tem suas raízes no processo de colonização. Antes da vinda dos portugueses, o território era ocupado por diferentes tribos indígenas. Sua forma de apropriação da terra, porém, era diferenciada da concepção que temos hoje. Os índios usufruíam a terra conforme sua necessidade, buscando suprir sua subsistência com o que a natureza lhes oferecia. Com a vinda dos portugueses no século XVI, a terra foi expropriada daqueles que aqui viviam colocando os índios na condição de escravos. Neste período começa a delimitação e exploração da terra por meio do Pacto Colonial. Numa sequência histórica houve a divisão das terras brasileiras em quinze capitanias, distribuídas entre doze donatários com posses inalienáveis sobre as mesmas, com o objetivo de promover a colonização, tendo o direito de distribuir a terra em sesmarias, que eram pequenas propriedades que não excediam a capacidade de subsistência de uma família. Por escassez de força de trabalho, houve um incentivo à vinda de imigrantes estrangeiros, estes, porém eram incumbidos de pagar as despesas da viagem, de forma que, levariam cerca de dez anos para saldar seus débitos, assim, não haveria a divisão da terra de forma descentralizada. Atualmente o grau de concentração de terra no Brasil figura entre os maiores da América Latina. Há evidências de que a distribuição das propriedades tenha se tornado ainda a mais concentrada recentemente. Na atualidade, a composição e a evolução da estrutura fundiária brasileira está condicionada por um lado, por tipos específicos de uso, ou em determinados casos, estas estruturas permanecem