Sociologia
A identidade é constituída por sistema de crenças, atitudes e comportamentos compartilhados pelos indivíduos dentro da comunidade. São modos de sentir, compreender e agir no mundo, que se expressam em instituições, comportamentos regulados, artefatos/objetos artísticos, saberes transmitidos, ou seja, é a ‘materialização’ da cultura.
Diferentes concepções ao longo da trajetória do conhecimento humano: o sujeito do Iluminismo, o sujeito sociológico e o pós-moderno. No primeiro caso, a idéia se baseava em um ser humano centrado, unificado e dotado de razão, consciência e ação, cujo ‘centro’ surgia no nascimento da pessoa e se desenvolvia ao longo da existência, porém, permanecia essencialmente o mesmo ao longo da vida. Era a identidade do indivíduo. No segundo caso, a concepção de sujeito sociológico, o ‘indivíduo’ se estrutura a partir das relações estabelecidas com outras pessoas responsáveis por mediações de valores, símbolos e sentidos - ou seja, a cultura. Neste caso, a identidade é o espaço entre o mundo pessoal (‘intrínseco’) e o mundo público (‘extrínseco’) do ser humano. Finalmente, no terceiro caso, no sujeito pós-moderno há uma ‘fragmentação do indivíduo’, ele tem várias identidades, a identidade assume diferentes formas em diferentes momentos.
Em função da globalização, há um consenso de que o ambiente em que vivemos agora é considerado provisório e variável. Antonio Miranda, em seu trabalho “Sociedade da informação: globalização, identidade cultural e conteúdos” (2000), afirma que o sujeito pós-moderno é definido historicamente, e não mais biologicamente (como preferem os que defendem identidades raciais originais, mas sem bases científicas), porquanto o sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos, afetadas tanto pelos processos de socialização quanto de globalização dos meios de comunicação e informação. Para o autor, as identidades nacionais não são nem genéticas nem hereditárias; ao contrário, são formadas e