Sociologia
Ao falar sobre a visão de Durkheim em relação ao trabalho temos que remeter às chamadas sociedades simples, existentes muito antes da revolução industrial e o seu impulso capitalista que nos envolve até os dias de hoje. Durkheim separa o trabalho em dois aspectos: A solidariedade mecânica e a solidariedade orgânica. Afirma que existe uma consciência social padronizada, que é transmitida de geração para geração impondo comportamentos sempre iguais, ou muito parecidos. É como se existisse um corpo social, um ser vontade própria, que se impõe à vontade particular de cada individuo. Os indivíduos são obrigados a aceitar a vontade do corpo social para se manter aceitos pelo grupo social. Indivíduos que afrontam o corpo social são corriqueiramente eliminados fisicamente ou moralmente. Podem ser mortos, expulsos ou postos a margem do processo, o que significa uma morte lenta e dolorosa. A esta conexão forçada deu o nome de solidariedade mecânica. Com o aumento da população, este núcleos mecânicos foram se multiplicando de tal forma que um não conseguia mais intervir sobre os outros, criando uma pseudo liberdade. Neste momento surge a solidariedade orgânica, onde os diversos grupos mecânicos interagem entre si formando um corpo social ainda maior, e mais poderoso, apesar da falsa idéia de liberdade que o ser humano passa a desfrutar. Como o corpo social necessita manter o todo padronizado, cresceu a importância de áreas como moda, arte, jurídica, legislativa, esporte, etc. Visando estabelecer limites de comportamento e de liberdade. Elegendo o comportamento individual como sendo moral ou imoral. Aí se enquadra o trabalho como sendo uma atividade moral e extremamente importante e reconhecida pelo corpo social maior. O homem, célula menor deste organismo vivo, levado pelas convenções passadas de geração para geração, e pela esperança de atingir os altos postos do corpo social, acredita que age corretamente ao trabalhar, mais do que teme ser posto de lado caso