Sociologia
Abranches, Fernando Luís Machado e Maria. “CAMINHOS LIMITADOS DE INTEGRAÇÃO SOCIAL O estudo dos autores começa com uma série de interrogações às quais os mesmos se propõem responder através da investigação realizada.
Perguntas como:
Que tipos de trajectórias sociais percorreram essas populações na sociedade portuguesa?
A condição socioprofissional desses imigrantes é hoje semelhante à que tinham logo após a chegada ou alterou-se à medida que se prolongou o tempo de residência?
Mais especificamente, esses imigrantes conheceram processos de mobilidade social ascendente ou, pelo contrário, continuam enredados nos segmentos mais precários e desqualificados do mercado de trabalho?
(Abranches, 2005, p.69)
São de importante resposta, para os autores, a fim de se poder compreender as diversas matizes da integração dos imigrantes no Pais de destino, tanto na dimensão económica, relacionada com a actividade laboral que os mesmos desenvolvem, bem como nas dimensões de integração/exclusão das populações migrantes no país de acolhimento.
Ancorados numa abordagem socioprofissional, e na falta de estudos empíricos que se debrucem sobre esta dimensão, os autores vão utiliza-la para analisar os percursos de integração dos imigrantes Cabo-Verdianos e Hindus em Portugal.
A vertente socioprofissional permite, segundo os autores, uma análise fiável e representativa do nível de integração dos imigrantes na sociedade de acolhimento, pois permite compreender em que medida os mesmos apresentam percursos ascendentes de vida, ou pelo contrário, de estagnação e exclusão social face à restante população.
Baseados num sólido quadro teórico de referência, apoiado entre outros, em Alejandro Portes, os autores referenciam as diversas modalidades elencados por Portes no que se refere à integração dos imigrantes no mercado de trabalho da sociedade receptora. Dando especial importância a uma delas, a denominada “Oportunidades de mobilidade”, que