sociologia

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povo e a imprensa raramente deixam de rebatizar o chefe de governo com algum apelido. Ou vários. Trata-se de uma das muitas constatações do livro Os presidentes do Brasil, recém-lançado pela Universidade Estácio de Sá, resultado da pesquisa liderada pelo professor Fábio Koifman. Num texto didático e saboroso, viaja-se pela vida de todos os chefes de governo, do marechal Deodoro da Fonseca a Fernando Henrique Cardoso.
Entre os presidentes, 15 foram militares e 25, civis. No primeiro grupo, apenas dois foram eleitos pelo voto popular: Hermes da Fonseca e Eurico Gaspar Dutra. Na Primeira República, 11 eleições diretas foram vencidas pelo candidato governista, sempre por maioria absoluta (às vezes a catarata de cédulas ultrapassou 80% do total). Dos 27 Estados brasileiros, só 13 serviram de berço para futuros chefes de governo. Na liderança, com sete presidentes cada, aparecem Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. São Paulo foi a catapulta que levou ao Poder homens nascido em outras paragens. Mas só quatro vieram ao mundo em território paulista.
Os dois primeiros são filhos de Alagoas. Ao renunciar, Deodoro foi substituído por Floriano Peixoto, o “Marechal de Ferro”, que completou o mandato sempre fardado (com medalhas e condecorações a enfeitar-lhe o peito) e combateu revoltas regionais com o mesmo ímpeto esbanjado na Guerra do Paraguai. Seu sucessor, Prudente de Moraes, seria o primeiro eleito nas urnas, o primeiro civil e o primeiro colecionador de apelidos.
Cariocas hostis àquele paulista de barbicha o apelidaram de Biriba, nome de um macaco barbado muito popular entre os freqüentadores do zoológico mantido pelo Barão de Drummond, que entraria para a História como inventor do jogo do bicho. Ao proclamar que era “prudente no nome, prudente por princípios e prudente por hábito”, a imprensa não perdeu a chance. Virou o Prudente Demais.
Apenas Maneco no ambiente doméstico, Campos Salles exibia tantos cuidados com o aspecto do cavanhaque que se tornou o

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