A sociedade moderna encontra-se em meio a um conflito de valores, ideais, princípios. Essa situação decorre desde antigamente, onde as diferenças de ideais se mostravam presentes. Exemplo marcante disso foi a luta de classes, que atingia não somente as condições sócias como também as condições de trabalho. O filme “Tempos Modernos” reportou-nos corretamente as péssimas condições enfrentadas pelos trabalhadores, ao explorar as árduas horas de trabalho e as funções repetitivas, decorrentes da linha de produção fordista. O filme retrata não somente as questões trabalhistas, como também a busca pela felicidade, como foi retratado na frase no inicio do filme: “Tempos Modernos. Uma história sobre a indústria, a iniciativa privada e a cruzada da humanidade em busca da felicidade.” (CHAPLIN, 1936). O personagem de Chaplin demonstra que o modelo fordista, visava especialmente o capitalismo, sem oferecer condições apropriadas aos trabalhadores. Esse modelo de produção do inicio do século XX, subordinava os trabalhadores ao capitalismo, sendo a ligação dos empregados com a máquina tão forte, que se tornavam parte e escravos dela. Sob o olhar de Marx os trabalhadores eram submetidos à lógica de exploração sistemática, onde recebiam um salário insignificante se comparado à riqueza produzido por ele. Segundo este teórico o trabalho seria uma ação em que o homem media, regula e controla seu metabolismo com a natureza. Dessa forma pode-se constatar que a forma de trabalho retratada no filme era exploratória, onde o trabalhador desconhecia o valor de seu trabalho. Já para Engels o homem deve transformar o trabalho em proveito próprio, passa de ser dominante a dominado. Fazendo-se um paralelo do filme com a saúde pode-se fazer uma comparação da assistência prestada aos pacientes com o sistema fordista na medida em que cada profissional da saúde só se preocupa com suas determinadas patologias visando o produto final, que é a saúde e o bem estar do