sociologia
No filme temos o típico caso de um operário que atua em uma fábrica que produz peças de motores. O ator principal interpreta um operário-modelo que tem a vida totalmente dedicada à fábrica. Lulu, como é chamado o operário, tem sua vida social e pessoal destruída por conta de seu trabalho que suga toda a sua energia. Vemos no trabalho de Lulu o que Marx diz sobre o homem passar a ser como um apêndice da máquina. Quando as máquinas chegam às fábricas poderia se ter um alívio no trabalho do homem, mas não é o que acontece. A intenção do capitalista ao inserir a maquinaria é aumentar a produção da mais-valia, pois, como as máquinas fazem parte do trabalho dos homens, tem-se muito mais produção pelo mesmo salário pago aos homens já que estes cotinuam trabalhando a mesma quantidade de tempo. O homem passa então a ser apenas um auxílio da máquina realizando um trabalho repititivo, intenso e sem consciência daquilo que se está produzindo, esta situação é chamada de alienação, e tudo isto se dá em troca de um salário mínimo que o homem acredita poder lhe dar uma vida melhor mas que nunca é suficiente neste sistema em que cada vez mais são apresentadas coisas desnecessárias para se consumir. É neste contexto que se encontra o personagem do filme. Observamos uma situação interessante no filme que é a do ex-colega de trabalho de Lulu, Militina, que está internado em um hospício justamente por ter questionado a alienação. O mundo da fábrica possui tanta influência na vida dos operários que é considerado louco aquele que busca saber além daquele ambiente, a saber o que afinal produziram sua vida toda. Lulu tem sua situação mudada quando através de seu trabalho decepa um dedo da sua mão e aí percebe que seu valor não passa o de ser parte de uma máquina. Por causa desta situação ele tem contato com forças políticas que o levam a ser demitido da fábrica e a finalmente ter consciência de toda sua alienação e