Sociologia
A pretensão de conferir à sociologia uma reputação verdadeiramente científica será o principal objetivo da obra do pensador francês Émile Durkheim [1858-1917]. Seguidor do positivismo de Augusto Comte, toda obra de Durkheim está voltada para dotar a sociologia do que até então mais lhe faltava: um método de análise. Daí a sua importância para a história do pensamento sociológico.
Durkheim também forneceu para a sociologia estudos pioneiros na área da sociologia da religião e do conhecimento, bem como estudos empíricos sobre o fenômeno do suicídio. Além disso, este pensador é um dos grandes analistas do mundo moderno com sua tese da divisão social do trabalho. Através deste conceito, ele aponta para a complexidade da sociedade contemporânea, cuja marca característica é a diferenciação social e a especialização das funções, com todas as conseqüências que este fenômeno traz para a vida do homem, suas relações sociais e a própria organização da sociedade.
(1) Vida e Obras
Émile Durkheim, sociólogo francês, filho de rabinos, nasceu em 15 de abril de 1858 na cidade de Épinal, Alsácia. Iniciou seus estudos primários no colégio daquela cidade e lhes deu continuidade em Paris, no Liceu Louis Le Grand e na École Normale Superieure [1879]. Teve como professores Foustel de Coulanges e Boutrox. Em 1882, Durkheim forma-se em filosofia e é nomeado professor em Sens, Saint Quentin e Troyes, iniciando neste período seu interesse pelas questões sociais.
Entre 1885 e 1886, Durkheim faz uma importante viagem de estudos para a Alemanha, para estudar ciências sociais. Na Alemanha (Lepzig e Berlim) entra em contato com Wilhelm Wundt [1832-1920]. Desta viagem, Durkheim retoma com a intenção de desenvolver a sociologia na França, visando torná-la uma ciência autônoma.
Em 1887 é nomeado professor de pedagogia e de ciência social na faculdade de Bordeaux, no sul da França. Trata-se do primeiro curso de sociologia