sociologia
As obras de Elias destacaram-se por tratar da relação entre poder, comportamento, emoção, abarcando conhecimento sociológico, psicológico, antropológico e histórico. Formou-se nas universidades de Breslau e Heidelberg, lecionou na Universidade de Leicester durante sete anos (1945-62) ainda foi professor visitante na Alemanha, Holanda e Gana. O reconhecimento tardio veio apenas na década de 70 com a publicação de A sociedade de corte. Tendo ainda outros livros como, Os alemães, Os estabelecidos e os outsiders, Mozart: sociologia de um gênio, A peregrinação de Watteau à Ilha do Amor, O processo civilizador (2 vols.), Sobre o tempo, A sociedade dos indivíduos e A solidão dos moribundos.
A obra mais importante de Elias foram os dois volumes de O Processo Civilizatório (Über den Prozess der Zivilisation). Originalmente publicado em 1939, foi virtualmente ignorado até sua republicação em 1969, quando o primeiro volume foi traduzido ao inglês. Este primeiro volume traça os acontecimentos históricos do habitus europeu, ou "segunda natureza", ou seja, a estrutura psíquica individual moldada pelas atitudes sociais. Elias demonstrou como os padrões europeus pós-medievais de violência, comportamento sexual, funções corporais, etiqueta à mesa e formas de discurso foram gradualmente transformados pelo crescente domínio da vergonha e do nojo, atuando para fora de um núcleo cortesão etiqueta. O autocontrole era cada vez mais imposto por uma rede complexa de conexões sociais desenvolvidas por uma autopercepção psicológica que Freud cunhou como "super-ego." O segundo volume de O processo civilizatório aborda as causas destes processos e os reconhece nas