Sociologia
Em 25 de maio de 1016, Henry Ford disse ao correspondente do Chicago Tribune: " A história é um palavatório, em maior ou menos grau. Não queremos tradição. Queremos viver no presente e a única história que vale a pena é a que fazemos hoje".
É o nosso trabalho viver no presente e a única história que importa é uma ainda-não-feita-mas-em-adamento e destinada- a-ser-feita.
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Ford proclamaria de forma triunfal o que Pierre Bordieu concluiu com tristeza em Contrafogos: "para dominar o futuro precisamos controlar o presente".
A pessoa que mantém o presente em suas mãos pode ficar confiante de ser capaz de forçar o futuro a fazer com o que seus négocios prosperem, ignorando assim o passado. O progresso não representa qualquer atributo da história, mas sim a auto confiança no presente, progresso é o sentimento de que o tempo está do nosso lado porque somos nós que fazemos as coisas acontecerem.
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Mas se a autoconficaça - o sentimento traquilizante de "controlar o presente" - é o único fundamento sobre o qual descansa a conficaça no progresso, não é de admirar que em nossos tempos essa desconfiança tenda a ser vacilante. As razões pelas quais ela deve ser assim não são difíceis de encontrar.
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A ambivalência é um ser agente de progresso, como fenômeno social representa algo que não sabe ao certo o que vai acontecer nem saber como comportar, tampouco prever qual será o resultado de determinadas ações. Isso acarreta um sentimento de incerteza.
A falta de clareza de hoje é um produto da ânsia de tornar as coisas mais claras; a maior parte da ambivalência sentida se origina nos esforços difusos e disparatados para eliminar a equivocabilidade de localidades selecionadas, separadas e sempre confinadas.
A ambivalência, essa falta de clareza, e a insegurança dos “riscos” de certa forma impulsionam a ciência e tecnologia e consequentemente o desenvolvimento contemporâneo.
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Se a idéia