sociologia
A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
O brasileiro sofre com uma das mais altas cargas tributárias do planeta. Em tese, isso lhe garantiria um atendimento de saúde universal e decente. Só que não. Há uma abstração dos direitos do homem. Abstração essa que vem se desenrolando ao longo dos anos. O homem de hoje sacia sua fome com pão e não com um direito escrito num papel. O fato de os direitos terem sido declarados como inalienáveis, não garante sua eficácia completa, tampouco seu cumprimento.
Casos do nosso corriqueiro dia-a-dia nos indignam por vermos um cenário estagnado e, em outras vezes, decadente. A saúde pública anda a passos torpes e até mesmo retrógrados. O Sistema Único de Saúde, há muito defasado, é a perfeita ilustração da situação brasileira: o descaso que permeia tudo isso em detrimento seja do volume nos bolsos dos parlamentares, seja da construção de estádios de futebol completamente desnecessários.
Se os direitos humanos são inalienáveis, cabe a nós questionarmos a nossa própria consciência: por que há esse espetáculo da barbárie, essa ópera dramática e apocalíptica nos corredores de hospitais? Se os direitos do homem são a aspiração dos Estados-Nação, por que presenciamos tantas cenas de desrespeito, de violações à Declaração Universal dos Direitos Humanos?"