Sociologia

506 palavras 3 páginas
.Há quem pense que basta nascer para ser um cidadão. Esta é uma meia verdade. Por um lado, tornou-se uma verdade universalmente aceita que todas as pessoas possuem certos direitos naturais inalienáveis. Por outro lado, podemos perguntar se estes direitos "inalienáveis" não dependem, para que sejam de fato inalienáveis, de que sejam reconhecidos pela autoridade vigente como tais em relação ao indivíduo em questão. Em outras palavras, é possível que exista um indivíduo que vive em uma sociedade na qual não possui todos os direitos de um cidadão típico. Numa sociedade escravagista, por exemplo, um escravo é um indivíduo que vive naquela sociedade sem possuir direitos básicos de cidadania. Nos tempos do Império Romano, para dar outro exemplo, havia moradores livres do império que não possuíam, no entanto, direitos fundamentais de cidadania. Esta reflexão nos remete a uma série de perguntas. Por exemplo, podemos nos perguntar se há, em nossa sociedade, pessoas cujos direitos de cidadania não são de fato reconhecidos, ou, o que dá no mesmo, são reconhecidos "de direito", mas não "de fato". Outra pergunta importante a que esta reflexão nos remete tem a haver, não com os direitos, mas sim com os deveres dos cidadãos. Em suma, é questionável se o indivíduo que, tendo reconhecidos seus plenos direitos de cidadão, não assume em contra partida seus deveres de cidadão é, de fato, um cidadão no mais pleno sentido da palavra. No mínimo, seria necessário reconhecer sua incapacidade de tornar-se consciente de sua plena cidadania e das responsabilidades inerentes a ela.
A plena consciência da cidadania como parte da formação educacional de cada individuo é absolutamente necessária para a construção de um país democrático e bem-sucedido. Mas que isto, é uma necessidade para que a haja um futuro feliz para toda a humanidade. Cabe, portanto, aos pensadores e educadores que se empenhem' para que a plena consciência da cidadania torne-se uma realidade para todos, tanto

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