Sociologia
Sergio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre procuraram fazer uma análise dos fatores que possibilitaram a fixação e colonização portuguesa no Brasil em seus livros: Raízes do Brasil (Holanda) e Casa Grande & Senzala (Freyre).
A economia escravista colonial era a forma pela qual a Europa conseguiu suprir o que faltava na sua economia. Segundo Holanda, o indígena não conseguiu se “adaptar” à escravidão, tornando o escravo africano imprescindível para o sistema colonial. Já para Freyre, o índio não era utilizado no trabalho, porque era importante para a Igreja Católica nas missões.
Segundo Holanda, Como o fator terra era abundante na colônia, não havia preocupação em cuidar do solo, o que acarretou na sua deterioração e exploração abusiva. Os portugueses se aproveitaram de muitas técnicas indígenas de produção, que acabaram ganhando certa proteção que os distanciou um pouco da escravidão. Para Freyre, o solo era fraco e inadequado e fez com que não houvesse possibilidades de policultura à européia pelas adversidades produzidas pelo clima brasileiro, muito desequilibrado, sendo ora muito seco, ora muito úmido. Por isso o uso de técnicas como plantation e monocultura tropical.
Holanda faz parecer que o preconceito com negros era bem maior que com os índios no Brasil colonial (para ele, os portugueses se identificavam com os índios, pois os achavam aventureiros). Já Freyre, o português, por ser aventureiro, só estaria interessado em fazer comércio e arrecadar o lucro imediato.
Holanda concorda com Freyre sobre a miscigenação portuguesa (judeus, mouros, africanos e europeus). O hibridismo português contribuiu na diminuição da distância entre os dominantes e dominados. Essa miscigenação ajudou na adaptação ao Novo Mundo, visto que nenhum outro povo europeu foi capaz de se adaptar tão bem a América. Holanda ainda inclui como fator a adaptação, a característica de povo aventureiro e