A Sociologia enquanto ciência surgiu e se desenvolveu com o advento da modernidade, mas, principalmente, a partir do fortalecimento do capitalismo. Dois grandes fatos políticos e sociais marcaram significativamente um processo que já vinha delineando-se desde o Renascimento comercial e urbano na Europa e foram decisivos para iniciar o que se convencionou chamar de mundo contemporâneo: a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. No século XVII e XVIII, diversas revoluções ocorreram na Europa: as chamadas revoluções burguesas, entre elas a Revolução Gloriosa, na Inglaterra, e a Revolução Francesa. Ambas, de forma geral, propunham o fim dos privilégios herdados pela nobreza e a igualdade de direitos e oportunidades. A Revolução Francesa tem como marco inicial a Queda da Bastilha em 1789, e foi fundamental para o estabelecimento da burguesia no poder politico. O século XVIII foi marcado pelas ideias Iluministas – por isso ficou conhecido como o “Século das Luzes”. O poder da razão deveria predominar e constituir o guia para a interpretação de episódios humanos, com vistas à reorganização do mundo. Num processo que já vinha acontecendo desde o Renascimento Artístico e Cultural, a razão deveria predominar sobre qualquer explicação religiosa. O antropocentrismo, num primeiro momento, presumidamente, já superava o teocentrismo, e, com o passar do tempo, o racionalismo e a revolução científica foram acentuando tal tendência. No século XVIII, o homem era dotado de tamanha confiança, que deixa de sacrralizar a natureza, tornando-a objeto de pesquisa no âmbito do conhecimento científico. Pode-se dizer que, então a natureza passava ao domínio do