Sociologia jurídica
A Sociologia Jurídica tem recebido mais atenção na academia. No entanto o livro em comento critica como as orientações ao estudante de Direito, em seu primeiro contato com o repertório sociológico, são passadas em formato de manuais. E raros são os que discutem os temas fundamentais, limitando-se a enumerar e fixar conceitos.
A proposta teórica do autor do livro é a de discutir o direito como uma realidade social, abordando o enredo dos temas sócio-jurídicos atuais.
Em sua abordagem, Regis de Morais, com oportuna cautela discute aquilo que qualifica as novas dimensões dos direitos humanos. Ora dissociando a análise histórica da conceitual, ora mostrando como se interpenetram em direção à meta precípua do texto.
Regis de Morais, ainda na perspectiva dissociativa e interpenetrante das análises histórica e social, evidencia o cuidado de não se deixar levar por jargões e reducionismos geralmente creditados à análise sociológica. Afastando-se de um determinismo incauto, que apregoa que os sociólogos põem tudo que diga respeito ao crime em razões socioeconômicas ou sociopolíticas, desconsiderando outros componentes/fatores.
A temática dos ensaios embora seja diversa forma uma unidade equilibrada, havendo uma grande preocupação com os problemas levantados, porém sem apresentar soluções, mas propondo uma reflexão com o fito de criar as bases de uma ação prática. Cabendo às nações um auto-exame e pressupondo o leitor como possível agente transformador da realidade social.
Considerações sobre a contemporaneidade são tecidas, assinalando o teor subjacente de fatos e processos que fazem parte de algo estrutural. Evidenciando que os fatos locais podem ser analisados de uma perspectiva nacional e internacional, contemplando sua dúplice inserção.
Ao analisar a globalização e suas conseqüências no plano