Sociologia da sexualidade
As perspectivas sobre as práticas e comportamentos familiares nem sempre foram um objeto de estudo aos antropólogos. Ainda que os fundadores do pensamento sociológico tenham se debruçado sobre o estudo da família, foi preciso esperar ate 1960 para que os pensadores recomeçassem a se interessar pelas reações familiares.
Muito se discute sobre a “crise” familiar, varias consequências da baixa taxa de fecundidade, do aumento da expectativa de vida,mas o que se observa é que não foi exatamente o enfraquecimento familiar,mas sim o surgimento de novos modelos familiares,derivados de fenômenos sociais,sobretudo,das transformações de gênero,que se espremiam através do maior controle de natalidade,da colocação da mulher no mercado de trabalho,e da mudanças ocorridas em relação a sexualidade.Essa relação entre a família e a sexualidade em sendo modificadas nas ultimas décadas.
A abordagem sociológica da sexualidade esta presente em inúmeros trabalhos, nem sempre classificados em sociológicos.
Para Bozon, o ser humano não se relaciona sexualmente sem dar sentido aos seus atos, e estes são construídos culturalmente. Com isso, expõe o caráter de mutabilidade cultural, histórica e social da sexualidade.
Segundo o autor, a sociologia da sexualidade deve ser uma forma de compreensão das representações da sexualidade. As discussões voltam-se principalmente para o lugar que homens e mulheres ocupam dentro das relações sexuais através dos séculos e como isso irá se configurar como um “contrato entre os gêneros” dentro do casamento monogâmico cristão.
Bozon afirma que as pessoas possuem um repertório de significações da interação sexual que faz com que se comportem de uma determinada forma ou não. Para isso, discorre sobre as mudanças de comportamento e relacionamentos sexuais ocorridos com o passar da idade. Problematiza também o quanto as diferenças sexuais podem estar atreladas a situações de envelhecimento ou juventude das pessoas.
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