sociologia da panspermia
UMA ANÁLISE SOBRE AS PERSPECTIVAS DE PAUL RICOEUR SOBRE A
RELAÇÃO ENTRE ESQUECIMENTO E MEMÓRIA
E SUA RELAÇÃO COM OS ESTUDOS DE RELIGIÃO
Elton Vinicius Sadao Tada1
Resumo
Tomando por base as perspectivas de Paul Ricoeur no livro “A memória, a história e o esquecimento”, o presente artigo tem por objetivo fazer uma análise sobre a relação entre esquecimento e memória e sua relação com os estudos de religião.
Sendo assim, partindo dos problemas do esquecimento serão analisadas as particularidades da memória, fazendo algumas aplicações experimentais no âmbito do estudo de religiões. E para melhor aplicação dos termos esquecimento e memória no âmbito da religião o presente artigo realiza ainda uma análise sobre a narrativa da parábola do Filho Pródigo. Finalizando, conclui-se a importância da interdisciplinaridade dentro dos estudos de religião, elevando a temática da religião em diálogo com as produções científicas mais vastas do mundo acadêmico contemporâneo. Palavras-chave: Esquecimento. Memória. História. Religião. Filho Pródigo.
1 INTRODUÇÃO
O livro de Paul Ricoeur “A memória, a história e o esquecimento” é uma bomba de erudição para seus leitores. É fácil se perder nas diversas citações e relações feitas no decorrer de suas vastas páginas. Para a geração atual é um privilégio contar com uma obra como essa, que põe em diálogo o pensamento platônico com diversas filosofias, como as de Husserl e Bergson. Essa obra pode ser lida como três obras em uma. Na primeira se enquadra os pressupostos de uma fenomenologia da memória. Na segunda uma epistemologia da história. Em terceiro lugar temos uma aguda reflexão sobre o esquecimento. Se fossem três livros, todos
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Doutorando em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo, mestre em
Ciências da Religião pela mesma instituição, especialista em Docência no Ensino Superior pelo
Centro de Ensino Superior de Maringá e graduado em Teologia pela