Sociologia Brasileira1
A própria América Latina é um exemplo de como a Sociologia, especialmente no início do século XX, mostrou-se fortemente influenciada pelas teorias marxistas. Isso ocorre num momento onde os olhares voltavam-se principalmente para os problemas do subdesenvolvimento no continente, desenvolvendo importantes reflexões.
A década de 40 foi um dos momentos mais críticos da história da humanidade, pois acontecia a Segunda Grande Guerra, que consolidou os EUA e a URSS como duas potencias mundiais, tornando o mundo de certa forma bipolar.
Nessa época o Brasil adquiria uma consciência crítica de sua realidade, complexidade e sua particularidade buscavam-se um nacionalismo. Integração e mudanças eram temas recorrentes na sociologia do pós-guerra.
Não só o Brasil, mas diversos países latino-americanos receberam “cronistas viajantes”, assim descritos por Octavio Ianni, que nada mais eram do que intelectuais estrangeiros, que fugindo da guerra na Europa, procuravam estruturas sociais diferentes, sociedades que por sua diversidade, poderiam realizar uma linha de raciocínio diferente daquela já conhecida.
Emílio Willems tem uma grande importância nessa época, com sua obra Assimilação e populações marginais no Brasil; um estudo sociológico sobre a contribuição dos imigrantes germânicos e seus descendentes na história brasileira. Mas este interesse não se resumiu somente Willems, havia também muitos jovens sociólogos interessados em avaliar a mobilidade social