Sociedade

RESENHA CRÍTICA INDÚSTRIA CULTURAL E SOCIEDADE
Esta análise tem como objetivo de expor uma discussão sobre o filme ‘‘Milk, a voz da igualdade’’, do diretor Gus Van Sant, relacionando a política, visibilidade e a esfera pública como influência do primeiro político norte-americano abertamente gay a conquistar um mandato. Uma história baseada em fatos reais, que mostra uma versatilidade assustadora.
O filme trata-se de uma passagem em que a privacidade e a sexualidade, como o ato político aparecem explicitamente na fala dos personagens. O longa retrata o fato do povo ser soberano e que os governos hão de legislar e governar no meio de um público pensante. Diante da ameaça de demissão de professores gays, Milk e outros ativistas conclamam a esfera pública organizando manifestações de massas, pretendendo dar livre expressão à indignação sentida de grandes números de pessoas, ou seja, ele convocou todos os profissionais gays a "saírem do armário" para expor a sua privacidade nas ruas, para reivindicar os direitos plenos aos homossexuais. Publicações dispersas e intercâmbios de grupos pequenos ou locais chegam a levantar como um grande debate, do qual ocorre a opinião pública de uma sociedade inteira. As pessoas amplamente separadas, partilhando a mesma visão, se associaram numa espécie de espaço de discussão, no qual foram capazes de trocar ideias com outras e alcançar este ponto final comum. Não é sem constrangimento, hesitação e sofrimento que os personagens envolvidos nessa luta política evocam esse ato tão íntimo de revelar a seus familiares, amigos, colegas, e mesmo a seus filhos, a sua sexualidade. A transformação desse constrangimento numa ação coletiva e política em que a sexualidade sai do segredo privado e da sombra da doença que lhe imputavam, para ganhar as ruas e a festa pública e política nos seus melhores sentidos.
No decorrer do filme, percebe-se que Milk aos poucos, vai deixando de ser apenas mais um gay que sofre preconceito, para se tornar conhecido