sociedade
Na África negra, havia sociedades organizadas sob a forma de comunidades primitivas e de comunidades aldeãs. As primeiras se constituíam em pequenos bandos, ligados por estreitos laços familiares e dedicados à coleta, caça e pesca. Desde há muito tempo, foram praticamente extintas na África.
As comunidades aldeãs dedicavam-se à agricultura e criação de gado. A terra era um bem de uso comum. Essas comunidades eram formadas por gente da mesma etnia, com língua, religião e costumes semelhantes, que se organizavam em famílias patriarcais, que incluíam um número vasto de parentes e agregados. O chefe das comunidades era membro de uma das famílias mais antigas na região, sendo responsável pela distribuição rotativa das terras entre toda a tribo. Seu poder era controlado por um conselho de anciãos.
Nessas comunidades, a hierarquia social era, pois, marcada pela idade e antiguidade no local, e não pela posse de bens. Isto porque, os bens produzidos, por serem escassos e facilmente perecíveis, eram divididos de forma relativamente igualitária.
O que ocorreu com essas comunidades?
Muitas delas sofreram transformações, passando a se organizar em torno de um Estado centralizado. Para que isso ocorresse, foi necessário um maior desenvolvimento da agricultura, que passou a produzir além do necessário à manutenção dos membros da comunidade. Além disso, os cereais e leguminosos agora cultivados, eram mais facilmente armazenáveis e transportáveis. A produção desse excedente agrícola favoreceu uma maior divisão do trabalho, separando aqueles que se dedicavam à agricultura e à criação