2. ATIVIDADE EMPRESARIAL E A ÉPOCA MANAGERIAL A atividade empresarial existe, pelo menos desde a época em que viveram os antigos sumérios na Mesopotâmia, possivelmente há cerca de seis mil anos, desde que o homem necessitou do trabalho ou dos produtos de um outro homem pra atender as suas necessidades. Os sumérios mantiveram trocas comerciais em grande quantidade e escala, praticamente com todos os povos com quem chegaram a manter contato ou conhecimento. A visão sobre o comércio e sobre a sua perspectiva ética, ao longo da história tem sido quase que sempre vista com muita negatividade, se considerada em sua totalidade. A visão negativa em relação ao comércio e a atividade empresarial, somente começaram a sofrer maiores alterações conceituais quando o capitalismo passou a consolidar-se de maneira definitiva a partir do século XVI, com a Revolução Comercial. A mudança na perspectiva religiosa, empreendida pela Reforma Religiosa Protestante em plena Idade Moderna, fez com o trabalho e os lucros obtidos no comércio passassem a ser encarados de maneira positiva e valorizados como um dos sinais da benção. João Calvino, reformador francês, e os puritanos ingleses, passaram a pregar abertamente e afirmativamente as virtudes e as vantagens da poupança e do espírito de iniciativa empresarial As organizações empresariais são portanto consideradas essenciais para a existência da sociedade e para o desenvolvimento humano. Não poderíamos imaginar uma sociedade complexa como nos é apresentada à sociedade ocidental ou mesmo considerar a existência de uma cultura ocidental sem a existência das organizações empresariais. O século XX e início do século XXI assistiram ao crescimento do papel das empresas na sociedade. Devido à abrangência da atividade empresarial na atualidade, em destaque especial a sua importância, alguns estudiosos acabaram por caracterizar o nosso tempo como uma "ÉPOCA MANAGERIAL” 1, conforme procuramos destacar com a afirmação de Elma Zoboli: