sociedade
A teoria das Ondas Civilizatórias, de Alvin Toffler, parte de um pressuposto-chave. Trata-se da ideia de que existe uma relação de influência mútua entre os subsistemas econômico, político, cultural e social que compõem todas as sociedades. Toffler aplica esse modelo à análise da configuração estrutural das ondas civilizatórias agrícola, industrial e pós-industrial, entendidas como sistemas integrados por partes interligadas: os subsistemas. No entanto, a relação de mútua influência entre os subsistemas, isto é, o desencadeamento de mudanças no equilíbrio geral do sistema, provocado por eventuais alterações em uma de suas partes, não é mecânica nem determinista.
A observação empírica dos processos de transformação das matrizes sistêmicas da sociedade, na passagem da Pré-história para a era agrícola, da era agrícola para a era industrial e, agora, da era
Industrial para a era pós-industrial, revela que o impacto da descoberta de novas ferramentas e técnicas na produção, organizadas a partir de um paradigma tecnológico revolucionário – no momento em que passam a ser usadas em larga escala, superando o paradigma tecnológico antecedente – desencadeia transformações no mundo do trabalho.
A vida de todos os membros de quaisquer sociedades depende, direta ou indiretamente, do trabalho produtivo, sem o qual não há sobrevivência, não há progresso social. Mudanças introduzidas nessa esfera da atividade humana tendem a provocar alterações no modo de vida, nas crenças e valores, na organização social e nas relações de poder assentadas sobre o modelo de sociedade da fase anterior da história e que se erigiu sobre a matriz produtiva que se encontra em processo de substituição.
Portanto, a mudança nos sistemas de produção de riqueza das sociedades exerce papel extremamente importante para o desencadeamento da transformação de uma onda civilizatória em outra, tal como nos revela a teoria de Toffler.
A lógica do sistema de produção
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