Sociedade leitora
O número de livros lidos por ano por habitante aumenta nos países em que a leitura aparece em diversos contextos, formando um círculo virtuoso. Se as pessoas leem em casa ou no transporte público, compram livros para si e para presentear, fazem deles objeto de conversas, participam de encontros em que a literatura é o principal tema, então essa é uma nação de leitores.
O fato é que o nosso país está ficando cada vez mais e mais letrado. Editoras têm aumentado o número de lançamentos nos diversos gêneros. Nas grandes cidades, bancas de jornais vendem literatura a um preço acessível e livrarias estão se transformando em pontos de encontro da vida social e intelectual. É bonito ver, nesses estabelecimentos, os espaços tomados de leitores que aproveitam o tempo folheando os lançamentos, lendo os primeiros capítulos do livro recém-adquirido enquanto tomam um café e participando de eventos artísticos e culturais. Pais e filhos passam horas lendo histórias em almofadas gigantes em ambientes detalhadamente decorados para atrair e agradar às crianças.
No interior do Brasil, certamente isso ainda não é realidade. Contudo, vemos vários esforços do poder público para montar bibliotecas onde elas ainda não existem e ações de organizações não governamentais promovendo ações com o objetivo de facilitar o acesso às publicações nos lugares mais carentes.
Mas, afinal, como uma nação de leitores começa a se formar? Alguns dizem que é na família, com os pais lendo para as crianças, cultivando em casa uma pequena