Sociedade dos poetas mortos

453 palavras 2 páginas
Logo ao inicio, somos impelidos a uma espécie de bons costumes e moralidades, num regime intensamente autoritário e disciplinar. A direção de arte assume seu papel ao imprimir paredes de madeira escuras, simbolismos, bandeiras escuras, simetria absoluta em cada cadeira, banco e linhas em cena. O filme traça uma narrativa que preza pela relação e importância do professor com o aluno, a formação do caráter e principalmente a importância das escolhas, independente de dogmas ou conceitos moralistas pré-fabricados e estabelecidos. E é na poesia e na filosofia do “carpe diem” que o enredo e os diálogos transitam. O personagem Neil ao escolher a morte, não deixou de escolher em liberdade, pois a morte foi uma escolha: a de deixar de existir. Observamos ainda na cena a capacidade humana de acabar com a vida humana, isto é, quando a sua liberdade é cerceada. Podemos entender o porquê muitas pessoas em momentos de regimes autoritários, mesmo sabendo que suas idéias podem levá-los à morte, não se amedrontam e difundem suas idéias, de maneira cada vez mais intensa. O final do filme mostra bastante sobre a ética. Pessoas que apoiavam um professor e sua forma de ensino, após sentirem medo, todos põem a culpa nele, com ressentimento ou não. Porém na ultima cena do filme, nota-se a valoração pelo que o professor fez por aqueles alunos, mostra-se o arrependimento e admiração que tem pelo professor e a tentativa de concertar o que fizeram e que por mais que eles não pudessem concertar o erro que cometeram, o professor ficou muito feliz só de notar que realmente ensinou algo para alguns alunos. A análise, de maneira geral, suscitou uma reflexão sobre a questão da liberdade em Sartre, como algo que não escapamos em hipótese nenhuma, usando então como ponto referencial o personagem Neil Perry, que se imbuiu de tal liberdade, em função até do aprendizado que obteve, ao ponto de entender que era o único responsável por ela e, tão livre se sentia, escolhe a própria morte que

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