SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS
Essa é a sinopse. Mas esse não é o filme.
Sociedade dos Poetas Mortos, dirigido brilhantemente por Peter Weir, e roteirizado por Tom Schulman – e que levou o Oscar de Melhor Roteiro -, que vai além dessa premissa, é um verdadeiro ode a maior e mais importante profissão que a humanidade possui: A do Professor.
Logo ao inicio, somos impelidos a uma espécie de calabouço de bons costumes e moralidades, num regime intensamente autoritário e disciplinar. A direção de arte assume seu papel ao imprimir paredes de madeira escuras, simbolismos, bandeiras escuras, simetria absoluta em cada cadeira, banco e linhas em cena. Quadros de autoridades e antigos diretores mostrados em enquadramentos centralizados sempre em contra-plongée.
Não por acaso, a fotografia comedida, transita de maneira bem sutil, do preto, cinza, marrom e tons pasteis, meio difusos, as cores mais vibrantes, ao amarelo principalmente quando o Professor Keating surge em sala de aula.
O filme traça uma narrativa que preza pela relação e importância do professor com o aluno, a formação do caráter e principalmente a importância das escolhas, independente de dogmas ou conceitos moralistas pré-fabricados e estabelecidos. E é na poesia e na filosofia do “carpie diem” que o enredo e os diálogos transitam.