Sociedade dos poetas mortos - resenha
Uma subversão aos padrões estipulados pela sociedade é um excelente termo para designar o filme Sociedade dos Poetas Mortos. Retratado em uma época oportuna, em meados de 1950, traz as dificuldades e discriminações contra pensamento inovador. Com um título perspicaz, poetas mortos remete à poesias antigas, que levam aos estudantes adquirirem liberdade de seus pensamentos e não a se limitarem ao que lhes é proposto na escola, pois o meio utilizado por tal para o ensino preconizava a obediência rígida e o não desvio da conduta socialmente estipulada. Um verdadeiro ciclo, no qual, a repetição das ações dos antepassados era priorizada. Tanto o instituto educacional quanto a família acreditavam nisso, induzindo, obrigando e encaminhando a vida dos jovens sem que eles tivessem nenhuma voz ativa. Contra essa corrente aparece o professor Keating, com uma forma totalmente revolucionária de ensinar. Por meio da participação e integração de seus alunos, os incentivando não somente a cumprir os objetivos traçados, mas sim, primeiramente, buscar os próprios desejos e sem se esquecer de aproveitar o dia, o famoso carpe diem. Podendo considera-lo utópico para a época, Keating, através da observação da vida de maneiras diferentes e a superação de paradigmas, conseguiu demonstrar que o modelo habitual que os jovens estavam acostumados, levava ao homem a uma existência de tranquilo desespero, já que o tempo e conquistas o consomem. Envolvidos nesse sentimento, os entusiasmados garotos começaram a concretizar suas ideias. Uma das ferramentas utilizadas foi a lanterna, que alumiou o meio físico e mental, assim como no mito da caverna da Platão, desbravaram a escuridão e o desconhecido que estavam à frente. Procuraram uma caverna, onde não só seria o lugar para as reuniões, mas também o símbolo da exclusão do mundo exterior e todas as suas influências. Aprofundando e adquirindo experiências, os que estavam envolvidos nesta