Sociedade do antigo oriente próximo
Entre o Neolítico pleno e o surgimento do reino unificado se passaram dois milênios e meio, ou dois milênios, segundo alguns autores (entre 5000 e 3000). A partir da fase de El-Badari (4500-4000) que inaugura o Período Pré-Dinástico, já surgem alguns objetos de cobre martelado. Porém por muito tempo o modo de vida das aldeias permaneceu inalterado.
Nos últimos séculos do Período Pré-Dinástico (final do quarto milênio), que mudanças sociais maiores são perceptíveis, caracterizando a fase gerzeense ou de Nagada II.
Hieracômpolis, bem ao sul do Vale do Nilo egípcio, tinha no final do Período Pré-Dinástico uma população importante, em aglomerações fortificadas, um templo prestigioso e boas condições para a irrigação baseada nos tanques ou bacias formadas e fertilizadas pelo rio.
A diversificação dos graus de riqueza das tumbas, mostra na segunda metade do quarto milênio, uma população socialmente estratificada. Há sinais também de conflitos com a Núbia (continuação do Vale do Nilo ao sul do Egito), que podem ter favorecido localmente a passagem de formas mais difusas de poder a grupos militares definidos com numerosos dependentes.
Não é só em Hieracômpolis a diferenciação social naquela época.
Anteriormente as tumbas maiores e mais ricas eram espalhadas nos cemitérios, nos últimos séculos do quarto milênio, tenderam a serem agrupadas e mais ricas ainda.
Sistemas Locais de Poder
Existem provas indiretas de sistemas locais de poder consideráveis, centenas de anos antes da unificação do país: existência de artesãos de alta qualificação (grande quantidade de objetos cerimoniais e vasos de pedras duras ou de alabastro); celeiros de grande capacidade; passagem do cobre martelado a frio à metalurgia (supunha a exploração de minas), transporte e armazenagem de minério, construções como as de Hieracômpolis que exigiram para sua ereção um sistema de distribuição de rações aos trabalhadores e, portanto, algum sistema de