Sociedade de informação: tecnologia vs humanidade.
Introdução
O Mundo em que vivemos encontra-se actualmente inundado por “catadupas” da chamada “informação”. Este salto tecnológico permite-nos viver num mundo virtual em que não encontramos os outros – falamos-lhe pelo telemóvel ou pela internet, os alunos nas aulas contactam com os professores através do computador – e não vamos ver as terras e as gentes, porque pela internet isso é muito mais fácil de “fazer”. Assim, debruçamo-nos neste trabalho sobre precisamente essas transformações técnicas e sobre a forma como elas nos levam a despejar ininterruptamente sobre os outros o inesgotável manancial dos “dados”, ou seja, a sociedade de informação. Também no âmbito deste trabalho pretendemos esclarecer o leitor para o impacto que esta “revolução tecnológica” está a trazer á nossa condição humana bem como, consequentemente á «Natureza» que nos rodeia e a qual é o garante mais majestoso da nossa existência. Não se trata aqui de entrar na via fácil de considerar o progresso ou as novas tecnologias como fonte dos males e de todas as violências. O mal não está do lado da tecnologia mas sim em nós e na nossa sociedade que se tornou avidamente dependente desse ópio que é a corrida desenfreada pelo êxito imediato. O presente estudo procura de alguma forma contribuir para ajudar o leitor a identificar qual a consequência prática da redução das distâncias e da tendência para se estabelecer uma sociedade de informação planetária, bem como, para como contrariar esta massificação despersonalizante. A humanidade tem sido moldada por esta revolução técnica de incomensuráveis proporções e que, por sua vez, faz chegar até nós insidiosas mudanças de mentalidade e formas de nos organizarmos. E a ciência e a tecnologia afectaram muito mais a vida quotidiana nos últimos cem anos do que ao longo dos 5000 anos anteriores. O lugar da técnica e das máquinas pode ser observado em três momentos históricos complementares. O primeiro está