O renascimento
Introdução
O Renascimento iniciou-se na Itália, particularmente em Florença, e foi precedido por uma fase de transição, que, pelos fins do século XIII, já paulatinamente ia substituindo a arte gótica. Foi, sobretudo, um fenômeno urbano, produto das cidades que floresceram no centro e no norte da Itália, como Florença, Ferrara, Milão e Veneza, resultado de um período de grande expansão econômica e demográfica dos séculos XII e XIII. Os principais traços do renascimento foram a imitação das formas clássicas da antiguidade grecoromana, a preocupação com a vida profana, o humanismo e o indivíduo (culto à personalidade). O Renascimento italiano estende-se pelo século XV (Quattrocento) e pelo século XVI (Cinquecento), e corresponde à redescoberta da Antiguidade. Graças à herança greco-romana, a Itália, virando as costas para o mundo medieval, soube desde essa época recolocar o homem no centro das artes como escala principal e referência absoluta. A primeira manifestação do Renascimento foi o inicio dos estudos sobre a Literatura Clássica e a atividade dos eruditos na busca de Manuscritos Antigos (latim puro, diferente do latim da Idade Média). No século XVI, surge o Maneirismo, um período de desequilíbrio marcado pela imitação exagerada e artificial das grandes fórmulas estilísticas e pela exacerbação do “eu” dos criadores.
Contexto Histórico: * Revolução comercial – início do capitalismo. * Diminuição do poder da religião: o homem aparece como expressão do próprio Deus, seu herdeiro natural da Terra. * Humanismo: consciência do próprio homem como “centro e medida de todas as coisas”. * Profusão de descobertas (do passado e da dignidade do homem; de novas terras – Colombo, Vasco da Gama, etc. – e científicas – estudos de anatomia, técnica de pintura a óleo, perspectiva) e invenções (compreensão e exploração da natureza) * Emancipação artística – consciência da força criativa do artista. * Surgem os projetos, as regras de