sociedade de hoj
Com a retomada da trajetória histórica das lutas e dos movimentos sociais no Brasil, ao longo do tempo, verifica-se que estes tiveram um desenvolvimento contraditório. Seja pela expansão do capitalismo e pela manifestação da pobreza e exclusão social, seja pela luta de participação no mundo capitalista do consumo, reivindicando leis, direitos e acessos múltiplos. É neste cenário que a mobilização social vai perdendo forças e se apaziguando, contrariando a rebeldia e a destreza das primeiras revoltas e manifestações populares no país. Historicamente a participação política evoluiu como uma espécie de invasão do Estado pela sociedade. Classes, grupos e indivíduos deveriam participar para introduzir a marca de suas idéias e de seus interesses no centro que organiza a vida coletiva, buscando desse modo crescer enquanto grupo, classe ou indivíduo. Dever-se-ia participar, também, para fazer com que certas idéias e interesses prevalecessem, influenciassem a vida coletiva ou dirigissem outras idéias e outros interesses, sobretudo como um meio e se fazer presente no conjunto da vida coletiva. Entende-se, que por meio da participação ativa dos indivíduos e dos grupos, se pode decidir e tomar parte diretamente do processo decisório estatal e exercer um controle permanente sobre os negócios do Estado fortalecendo a democracia -, sobre o mercado e sobre a sociedade.
O s movimentos sociais refletem mais do que reações às privações materiais, pois dislumbram o potencial político que pode ser construído a partir da criação pela sociedade civil de espaços públicos de discussão que aumentam a capacidade de controle do poder institucionalizado. Sua importância mostra-se cada vez maior nas sociedades democráticas que sofrem com a crise da representatividade sem, no entanto, promoverem a criação de novas esferas públicas de participação.
Entretanto, entende-se que os movimentos sociais lançam temas de relevância para toda sociedade, definem problemas e demandas,