Sociedade da borracha
1- Um pouco da sua História: Os índios da Amazônia usavam o látex da borracha para diversos fins, principalmente domésticos (vasilhames, sandálias, etc.). As informações sobre as potencialidades da borracha na Europa foram levadas por franceses. Lentamente o látex passou a ser utilizado na Europa em diversas atividades. Mas foi o crescimento do setor automobilístico e sua utilização nos mais diversos ramos da indústria que provocaram uma acelerada procura do produto na Amazônia. Rapidamente franceses, norte-americanos e ingleses (em sua maioria) debruçaram seus interesses na região, criando toda uma infra-estrutura necessária ao funcionamento do sistema, isto explica o surgimento de bancos, lojas comerciais e toda uma estrutura de transporte fluvial (vapor) necessária para o escoamento da produção do interior da Amazônia para Belém e posteriormente para a Europa. Ao lado dos investimentos financeiros os investidores resolveram o problema da falta de braços para extrair o produto na região, foi quando os nordestinos entraram em cena.
2- Nordestinos, caboclos, índios e ex-escravos: os seringueiros na mata.
Tomou-se comum vincular a imagem do seringueiro ao nordestino, quando falamos em mão de obra nos cafezais. Entretanto é preciso perceber os seringais a partir de uma diversidade étnica e cultural. Assim, na confecção dos trabalhadores dos seringais podemos identificar:
a) Nordestinos: em sua maioria retirantes das secas que assolavam o sertão brasileiro nas décadas finais do século XIX. Eram cearenses, pernambucanos, potiguares, etc.
b) índios muitos deixaram suas aldeias ou foram forçados ao trabalho.
c) Caboclos amazônidas em buscas de melhores oportunidades.
d) Estrangeiros pobres que buscavam melhores oportunidades na América e na Amazônia.
e)