Usina de reciclagem de pneus
Na mesma velocidade da modernização da nossa sociedade, cresce a produção de sobras e resíduos industriais no nosso meio ambiente, de onde cada vez mais temos que desenvolver maneiras de retirá-los, criando soluções inteligentes e limpas, ou seja, transformando-os em produtos reaproveitáveis com alta qualidade, custo acessível, e ainda gerando empregos.
Tendo em vista esse cenário, o Brasil está prestes a se tornar um centro global de reciclagem de pneumáticos. O assunto gera controvérsia, porque ainda precisa de mais estímulos para caminhar e se expandir, especialmente em torno da questão do impacto ambiental, mas não impede que os primeiros estudos no setor saiam do papel.
Desde que o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) aprovou a Resolução nº. 258 em 26 de agosto de 1.999 (publicada no D.O.U. em 02 de dezembro de 1.999, em vigor a partir de 01 de janeiro de 2.002) que as empresas fabricantes e importadoras são obrigadas a coletar e dar um destino ambientalmente adequado aos pneumáticos. Com esta obrigatoriedade imposta a ser atendida, o mercado de reciclagem de pneus obteve um crescimento expressivo, e hoje o setor de reciclagem tem capacidade de destinação de pneus inservíveis acima de 300.000 toneladas por ano. Apesar da reciclagem do produto ainda não ser regulamentada e não haver incentivos fiscais para aquelas empresas que reciclam, nem para as que compram os reciclados. Como o objetivo de organizar, auto-regulamentar, incentivar e viabilizar o setor, foi criado a AREBOP (Associação Nacional das Empresas de Reciclagem de Pneus e Artefatos de Borrachas) e de acordo com pesquisa feita pela USP, entre os anos de 2002 e 2011, o destino inadequado de pneus foi de 2,1 milhões de toneladas. Nesse época, os importadores de pneus novos cumpriram 97,03% das metas, os fabricantes, 47,3% e, os importadores de usados, 12,92%. Assim, é possível ver vários pneus jogados em lixões, na beira de estradas, nos rios e no quintal de casa, tornando-se um