Sociedade africana da região subsaariana até o seculo XV
As sociedades africanas tradicionais (ou pré-coloniais) tinham em suas atividades econômicas uma das formas de sobrevivência, de acordo com o meio ambiente em que viviam, de suas necessidades materiais e espirituais, e de toda uma tradição anterior de várias técnicas e tipos de produção. Havia muitos povos nômades, que precisavam se deslocar periodicamente, e havia povos sedentários, que fundando seus territórios, chegaram a constituir grandes reinos, desenvolvendo atividades econômicas produtivas, tanto de bens de consumo como de bens de prestígio (em que se destacam várias de suas artes de escultura e metalurgia).
No início do século XV, período da colonização brasileira foi palco de um cenário muito triste, quando mais de quatro milhões de homens e mulheres africanos foram escravizados. Oriundos de diferentes regiões da África, cruzaram o oceano Atlântico nos porões de diversos navios negreiro, lá eram tratados como animais desprezíveis e mercadorias muito valiosas, que ao entrarem no país principalmente pelos portos do Rio de Janeiro, de Salvador, do Recife e de São Luís do Maranhão seriam vendidos como escravos na colônia portuguesa..
A África não era um continente uno, ou seja, havia regiões e povos diferentes, com suas especificidades culturais, políticas e sociais. Ao contrário do que pode-se pensar, estas sociedades africanas até o século XV não eram primitivas e atrasadas, pelo contrário, tinham o domínio da natureza e praticavam a agricultura. Essas sociedades desenvolveram suas técnicas de produção e armazenamento agrícolas e também conheciam a metalurgia. Na vida familiar, davam grande importância ao casamento e à maternidade. Por causa da fecundidade, a figura feminina tinha um significado simbólico que se expressava na arte. As manifestações religiosas eram diversas e entraram em choque com a chegada dos muçulmanos.
Em suma, por não ser um continente uno, havia muitas diferenças entre